Entre Aspas : Pedro Gabriel

"As palavras, quando escritas para alguém que não mora nos seus braços, que não vive nos seus sonhos, que aparece vez ou outra na sua realidade, são falsos remédios: placebos. Que curam, sim. Mas exigem o sacrifício em troca. E a receita está escrita: não no papel, não na folha branca: mas na tela invisível que é o amor, e com a tinta invisível que são os amantes."

Libertação

Eu preciso me libertar de mim mesma, me libertar dos meus medos, das minhas angustias, magoas e do meu rancor, eu tenho que me perdoar pelos meus erros, pelos meus tropeços e escolhas erradas.Tenho que parar de me martirizar a cada dia por eles, tentar pensar apenas no amanha e no que ele me reserva, deixar o passado onde ele deve ficar e seguir a vida como ela deve ser, apesar de ainda estar errando eu tenho que ir dormir me perdoando para acordar com a mente livre dos meus próprios martírios, por que se eu não conseguir me perdoar eu nunca vou conseguir perdoar ninguém. 
Eu tenho que me livrar do meu ódio, do rancor que me acerca a cada dia e a cada magoa, tenho que aprender a perdoar os outros para ser perdoada, eu tenho que entender que todos erram e comigo não iria ser diferente, mesmo que ainda doa e a ferida ainda esteja aberta e profunda eu tenho que pelo menos tentar. Eu tenho que me reaproximar das pessoas que me afastei por vergonha, tenho que tentar remediar o mal que já fiz as pessoas para o próprio bem delas e alem de tudo isso eu preciso fazer o bem pra mim mesma.

Entre Aspas: Pedro Gabriel

"Eu pertenço ao seu mundo não porque sou seu, mas porque seus olhos me entendem. Confesso: invejo-os: só eles podem vê-la dormir sem acordá-la, e observar seus sonhos sem sair de dentro do seu mundo: sem sumir de você. Infelizmente, nunca te tive."
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- Pedro gabriel , autor de Eu me chamo antonio.

Entre Aspas: Clarice Lispector

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.
Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a "coisa" vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.
Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros."