Entre Aspas : Frederico Elboni

"Desacreditar no amor é uma passagem na vida de todos. Uma passagem que carece de volta e pedágio. Pois, a intensidade e a emoção de um futuro amor, às vezes, necessita de um leve desacreditar do presente.

Amor de fases na vida de pessoas comuns, que começam acreditando fidedignamente em seus alicerces e depois são surradas, aprendendo, que amar é viver e viver é tapa na cara. Assim designam que talvez ninguém mereça o seu real afeto e julgam qualquer nova tentativa de desfibrilá-lo como nula. Mas, de repente, um dia, no auge da maturidade, descobrem que desacreditar no amor é como acreditar que nunca mais irá chover. Pois, o amor é como a chuva, que quando se recusa a vir pode ressacar corações e planícies, mas uma certeza sempre há: um dia ela vem. Pode vir sorrateiramente, molhar devagar e lhe dar um tempo para se proteger em uma marquise qualquer, ou pode te colocar a prova de que se molhar também faz bem. E, quando ela vem pedindo para lavar a alma, faz todas aquelas chuvas que ameaçaram cair e não caíram se arrependerem, pois, a chuva presente é sempre a mais gostosa de dormir, de amar e de ouvir.

O aconchego da chuva se assemelha ao do amor, calmaria, sonhares e endividamento de lembranças. E ainda traz um sussurro que amansa corações e transforma ansiedade em alivio imediato. Então, acredite que vá chover, mas, também não deixe de contemplar os minutos de sol quando for momento. Pois, chuvas tempestivas sempre virão, a diferença é a ânsia de deixar-se molhar como se o amanhã nem existisse."

O sol



Era fim de tarde, subi a colina e esperei...
Esperei pelo sol.
Esperei que sua luz me iluminasse antes de partir.
Esperei sua luz me iluminar por dentro e retirar a escuridão acumulada por meses...
Fechei os olhos e escutei os sons ao meu redor.Ouvi os passaros cantarem ao longe, ouvi pessoas rindo ali perto e o melhor de tudo.
Ouvi o vento soprando em meus ouvidos, sacudindo as folhas das arvorese bagunçando meu cabelo, depois finalmente eu senti.
Senti o sol, senti sua luz me iluminando e sorri para ele que ja estava indo e me senti viva.
O ultimo ato do seu dia foi me reviver.

Quarta, 04 de junho de 2014





Eu sinto tudo , sinto o sono chegando e o ar me deixando, eu sinto a cada noite a morte vindo pegar um fio da minha vida e as vezes eu desejo que ela leve tudo de uma vez. Eu sinto sinto lembranças vindo e eu não as bloqueio, deixo elas preencherem minha mente cansada por um tempo,e por apenas um momento eu viajo no tempo e me iludo um pouquinho, porem o suficiente.

Eu sinto todos os meus sentimentos, por mais patéticos que sejam, eu os sinto e não os rejeito por mais que me firam. Sinto que estou me arrastando pela vida sem rumo e sem direção e não to fazendo nada para mudar ou melhorar.

Eu sinto que sou apenas mais uma pessoa no mundo, perdida no meio de uma mutidão, daquelas que ninguém nem percebe a sua presença, que se passa despercebida por todos onde quer que vá. Eu sinto que não sou nada.Eu não sou nada.




Hoje eu acordei como se estivesse anestesiada,eu senti paz pela primeira vez em muito tempo,e por um momento não me lembrei de nada,nenhum dos problemas, nada que havia acontecido ou dele, absolutamente nada, eu só via o sol entrando pela minha janela de um jeito tão envolvente que parecia ser a propria paz que estava me envolvendo. Essa foi a melhor sensação que tive em meses, e não durou nem dois minutos, porem foi o suficiente.

Gente que vale a pena.

Eu gosto de gente, gente mesmo que é bonito pro dentro não de gente superficial que só liga para as coisas fúteis da vida. Gosto de gente que abraça, de sorriso fácil e bom humor, gosto de gente que se importa com o próximo como ser humano, que não liga pra cor, classe social ou opção sexual , que vê as pessoas apenas como seres humanos, gosto de gente que completa a outra mesmo que por um segundo, que ao ir embora deixe aquela sensação de bem-estar e a vontade de querer um outro encontro, gosto de gente que se comove com um livro ou filme, por que isso mostra que ela tem sentimentos e não tem medo de mostra-los, que apesar de ter se passado muito tempo quando te vê abre o mesmo sorriso sincero e espontâneo de quando te conheceu e te recebe de braços abertos de novo, como se o tempo não tivesse passado, gosto de gente que fala a verdade, ate mesmo a pior verdade por simplesmete querer o seu bem, gosto de gente que me alegre, que me faça rir, que torne os meus dias menos monótonos, que venha e me agite nos momentos inesperados, que me tire aquela gargalhada com uma piada idiota, pode ate mesmo ser repetida, mas que nunca perde a graça, gosto de gente que quando você olha no fundo dos olhos da pra enxergar a alma, e gosto mais ainda quando o que esta la é ainda mais bonita que a aparência dela, gosto de gente decente, de gente que apesar de tudo não desiste e não se deixa abalar pelos balanços da vida. Eu gosto de gente que fica.

Livro : Depois dos Quinze

  "Então crescemos, e aquele nosso amor platônico da escola se transforma no cara mais babaca que já conhecemos. O colegial acaba, e finalmente a hierarquia dos grupinhos populares vai por agua abaixo. Malhação vira mais um programa chato da Globo. Nosso animal de estimação começa a não ter mais tanta disposição.
  Nossas melhores amigas já não são tao melhores assim.
  Mudamos de gosto musical. Percebemos que as primas que eram bebês há ate pouco tempo já sabem dançar o funk do momento. Então amamos um cara. Logo depois aprendemos a lidar com a distancia. Conhecemos outro cara. AÍ aprendemos a dizer adeus. Então as preocupações do futuro se transformam e deixam de ver de ter a ver com garotos. Temos que decidir o que fazer da vida. Alguem que amamos muito é arrancado dela. A solidão deixa de ser só uma palavra.
  Começamos a preferir os livros sem figuras. Então vamos a faculdade. Tentando nos misturar e acabamos esquecendo o que aconteceu na noite passada. Depois de alguns meses, paramos de achar graça nas coisas que antes eram incríveis e divertidíssimas.
  Terminamos a faculdade e vamos em busca de um bom emprego. Enfrentamos horas sem dormir e longe do computador. Alguem diz que não somos boas o suficiente.
   Ligam para informar que nosso animal de estimação partiu.
   Então mudamos de emprego, de cidade, de cabelo, de guarda-roupa, de carro, de melhor amigo e, mais uma vez mudamos a maneira de ver a vida.
   Fechamos os olhos e achamos que as coisas estão mais loucas que nunca. Aí lembramos que já passamos por tudo isso que acabei de contar. Então, finalmente, adormecemos e acordamos sem nos lembrar da complexidade da coisa mais simples do mundo: viver."

- Bruna Vieira

Entre Aspas - Brenda G.

Então me desculpe. Me desculpe pelas vezes que não te dei atenção. Me desculpe pelas vezes que não consegui te fazer sorrir quando derramavas suas lágrimas. Me desculpe pelas vezes que não fui o suficiente pra te fazer bem. Me desculpe pelas palavras nunca ditas, pelas atitudes nunca tomadas, pelo “eu te amo” não dito quando foi preciso. Me desculpe pelas vezes que não soube dizer o quanto você significa pra mim ou pelas vezes que deixei transparecer a lúcida idéia de que você não é importante pra mim, porque não era a verdade, mas me desculpe. Me desculpe pelas confusões que faço dentro de você, do seu coração, cabeça, pés, mãos, tudo. Me desculpe por ser esse desastre ambulante e não ter nem um corretivo pra pelo menos tirar o grosso desse erro a caneta. Mas me desculpe de todo coração, pelas vezes que você precisava de mim e eu não estive aí, perto de você, pra pelo menos te dar um abraço e garantir que tudo iria ficar bem. Me perdoa, por favor. Por tudo. Porque eu não queria errar tanto assim com você. Mas você sabia desde o começo, que eu era essa máquina de erros. Que eu só sabia sair estragando tudo. Que eu era ciumenta, possessiva e cheia de manias incorrigíveis. Você sabia meu amor, desde o início. E ainda quis persistir em mim, acreditou que eu iria mudar. Mas eu não mudo, sou incorrigível, não tenho como mudar. Talvez, por você, melhorar um pouco. Mas corrigir? Não, meu amor, isso não é possível. Somente, me perdoe, por tudo feito ou talvez, por nada feito.

-Brenda G.

Entre Aspas : Brenda Gabryele


Eu tentei, de todas as formas possíveis e impossíveis que alguém pode tentar por alguém eu tentei por você. Eu tentei te encontrar quando você se perdia. Eu tentei te mostrar que nem tudo estava perdido, que eu estava ao seu lado. Eu tentei chamar toda a sua atenção, como se você a notasse. Ah… meu bem, eu tentei tanto por você. Tentei deixar minhas tristezas de lado e ir socorrê-lo. Eu tentei esquecer o seu passado e pensar que o seu futuro seria junto a mim e de alguma forma você sempre me lembrava de alguma ficante sua ou de alguma amiga sua que você ficou mês passado. Eu tentei enxergar em você além daquilo que você demonstrava ser. Eu tentei cavar profundamente o seu coração e me acolher em um cantinho qualquer, mas você sempre achava um jeito de me tirar de lá. Eu tentei dizer: “Me deixa ficar, me deixa te fazer feliz, me deixa, por favor, me deixa”. Mas você com seu jeito todo de pedra, todo machista e todo: “Eu sei me virar sozinho” Não deixou que eu cuidasse de você. Você não sabe o quanto eu tentei por você meu bem, eu tentei tanto. Tinha dias que colocava a minha cabeça no travesseiro e pensava: “Que merda é essa que eu to fazendo? Porque eu insisto tanto em um alguém que não quer nada comigo?”. Eu me perguntava isso as vezes e sem querer a resposta sempre vinha em minha mente: “É amor, é amor moça”. E eu lembrava de cada coisa boa sua e esquecia de cada merda que você fazia. Mas meu bem, o coração transborda as vezes, ele não aguenta tanta pressão, tanto “não”, tanta dúvida, tanto talvez. Ele se cansa de se cansar tantas vezes e mesmo assim não desistir. Eu não desisti de você meu bem, não mesmo. Seria burra se eu desistisse do motivo dos meus sorrisos e que por sinal, das minhas lágrimas também. Mas que, mesmo me fazendo derramá-las, as secava. Eu não desisti, só cansei de tentar.
— Brenda G

Entre Aspas : Pedro Gabriel

"As palavras, quando escritas para alguém que não mora nos seus braços, que não vive nos seus sonhos, que aparece vez ou outra na sua realidade, são falsos remédios: placebos. Que curam, sim. Mas exigem o sacrifício em troca. E a receita está escrita: não no papel, não na folha branca: mas na tela invisível que é o amor, e com a tinta invisível que são os amantes."

Libertação

Eu preciso me libertar de mim mesma, me libertar dos meus medos, das minhas angustias, magoas e do meu rancor, eu tenho que me perdoar pelos meus erros, pelos meus tropeços e escolhas erradas.Tenho que parar de me martirizar a cada dia por eles, tentar pensar apenas no amanha e no que ele me reserva, deixar o passado onde ele deve ficar e seguir a vida como ela deve ser, apesar de ainda estar errando eu tenho que ir dormir me perdoando para acordar com a mente livre dos meus próprios martírios, por que se eu não conseguir me perdoar eu nunca vou conseguir perdoar ninguém. 
Eu tenho que me livrar do meu ódio, do rancor que me acerca a cada dia e a cada magoa, tenho que aprender a perdoar os outros para ser perdoada, eu tenho que entender que todos erram e comigo não iria ser diferente, mesmo que ainda doa e a ferida ainda esteja aberta e profunda eu tenho que pelo menos tentar. Eu tenho que me reaproximar das pessoas que me afastei por vergonha, tenho que tentar remediar o mal que já fiz as pessoas para o próprio bem delas e alem de tudo isso eu preciso fazer o bem pra mim mesma.

Entre Aspas: Pedro Gabriel

"Eu pertenço ao seu mundo não porque sou seu, mas porque seus olhos me entendem. Confesso: invejo-os: só eles podem vê-la dormir sem acordá-la, e observar seus sonhos sem sair de dentro do seu mundo: sem sumir de você. Infelizmente, nunca te tive."
            Untitled

- Pedro gabriel , autor de Eu me chamo antonio.

Entre Aspas: Clarice Lispector

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.
Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a "coisa" vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.
Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros."

Sem chance

Você pode me chamar de radical se quiser, mas eu não acredito mais em "dar outra chance", simplesmente pelo fato das pessoas não merecerem mais nada de mim, eu costumava sempre dar chances e sempre o me dei mal em todas elas, sempre acham um jeito de me magoar e de fazer com que eu me arrependa da chance que dei.

Sempre gostei de ser uma pessoa justa, mais ultimamente a justiça não me convêm, por dentro eu simplesmente não consigo ver o bom naquela pessoa, não consigo enxergar do por que que ela tem que ter uma segunda chance, talvez eu não seja bem vista , mais eu tenho meus motivos pra ser assim.

Muita gente se encaixa nesse parâmetro, ate algumas pessoas da minha família, amigos, ex namorado, algumas dessas pessoas eu já dei muitas chances em épocas em que eu acreditava que todo mundo mudava quando errava, era uma doce ilusão, algumas pessoas ate podem mudar mais outras só pioram, eu moro com uma pessoa assim, quando eu penso que ela melhorou que talvez eu possa deixar as magoas de lado ela me mostra as garras novamente, mas tudo cansa e tudo um dia passa do ponto, hoje foi esse dia e eu decidi não me importar mais, decidi deixar pra la decidi simplesmente fazer dela uma pessoa inexistente na maioria das vezes por que  só assim eu vou me libertar, só assim eu vou conseguir seguir a minha vida sem os fantasmas que me rodeiam por causa disso tudo.

A algum tempo eu fiz um post sobre mudanças e eu tenho que confessar que eu não cumpri tudo ali, eu ainda me importei, me importei sobre como as pessoas me viam, sobre o que elas pensavam de mim e isso fez com eu ficasse paranóica por um tempo, mas eu acho que todo mundo merece um tapa de realidade para acordar e parar de se importar, como isso já aconteceu agora eu tenho certeza de que vou seguir essas mudanças.
   
                                                             xoxo.